terça-feira, 27 de setembro de 2011

CHEERLEADERS TUPINIQUINS

Tem algo que tem chamado cada vez mais minha atenção conforme passa o tempo. São aquelas pessoas que sentem uma necessidade absurda em serem o centro das atenções. Não sei se isso fica mais esquisito depois que se completa trinta anos mas fico observando principalmente as mulheres que são (ou se fazem de, acho isso mais provável) originais, maluquinhas, verdadeiras mulheres supersônicas. Estão em todas, desde o US OPEN até o Rock in Rio.
Fazem coisas que fazíamos quando tínhamos dezessete anos. Gostam que todos falem delas. Curtem todos os estilos musicais, desde country até heavy metal. Cheerleaders tupiniquins.
Até um tempo atrás, sentia repulsa por esse tipo. Hoje sinto um pouco de pena, uma vez que deve ser tão cansativo ter que se autoafirmar constantemente para o mundo. Ter que sempre ser a líder de outras mulheres que também não têm muito o que fazer com o seu tempo. Organizar jantares, festas infantis, animar casamentos, uma trabalheira sem fim. E mais, postar tudinho no Facebook.
E elas tem filhos, muitas delas. Não sei de onde conseguem tanta energia. Tenho só um e já fico exausta no fim do dia, com ânimo apenas para ir numa pizzaria, não numa festa de arromba.
Têm umas cinquenta "amigas verdadeiras" e quase todas carregam a mesmíssima bolsa e têm o mesmo corte de cabelo. Sem competição, é claro.
Que herança será que ficam para essas crianças que convivem nesse mundo? O que realmente importa já quase nem importa. Mas a aparência sim, essa não pode faltar.

Um comentário:

  1. É Tati, superficialidades sem fim enquanto o mundo gira e os filhos crescem. Iguais ao exemplo.

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