quarta-feira, 27 de julho de 2011

TOLERÂNCIA ZERO

Carrinhos, jogos de montar, trenzinho, triciclo...nada disso realmente chama a atenção do Matheus ultimamente como a tecnologia doméstica. Ele mal chega em casa da escola e já começa: "sapo, xuxa, dodô, inha!!". Entre alguns outros.
O sapo é o principal. Sapo, pra ele, são os DVDs em geral pois tem música de sapo em tudo que é lugar. O i-pad, que um dia já foi do pai dele, também atende pelo nome de sapo. É só o maridão chegar que o pequeno olha pra ele e grita "sapoooooooo!!!"
A Xuxa, a quem eu jurei nunca me render nessa vida, é a nova febre aqui em casa. Detalhe: existem dez DVDs do XSPB. (Pra você que é leigo ou novato, Xuxa Só Para Baixinhos). DEZ. Até agora só comprei três, mas já vi que não vou escapar dos outros. E é deixando todo meu orgulho de lado que digo que a loira chata até que tem umas músicas bonitinhas pras crianças.
O Dodô é um pouco mais difícil de explicar, pois é o nome de um personagem dos DVDs do Baby TV. Uma série inglesa produzida para crianças pequenas que é uma graça. Nesses DVDs existem várias atrações, entre elas um grupo de amigos que são criaturinhas mais que estranhas, mas muito amáveis. O Dodô é uma delas, mas para o Matheus todos eles se chamam Dodô.
E a Inha, ninguém menos que a Galinha Pintadinha. A Miley Cyrus da geração dos bebês. É tão famosa que basta o DVD chegar nas lojas para os pais desesperados esgotarem o produto em questão de dias.
Havia um tempo em que o Matt assitia um DVD inteiro, antes de querer trocar por outro. Agora, porém, a coisa fugiu do controle. Ele pede Ihna, vê dois minutos, pede Dodô, vê um pouco, quer trocar de novo e assim vai. Tento fazer meu papel de mãe e falo que ele tem que escolher um e ver inteiro, mas não adianta muito.
Ao menos o Matt se diverte pra valer com os vídeos, dança, canta e gasta energia. Mas a tolerância do pequeno DJ é quase zero.

sábado, 9 de julho de 2011

FÉRIAS ESCOLARES

Essas são as primeiras férias escolares que eu e o Matt tiramos juntos. Eu explico: como sou professora de inglês, tirei o mês de julho de férias para ter mais tempo para o Matheus nas férias dele.
Na verdade, hoje foi nosso primeiro dia de "descanso" juntos. Mas é agora que começa o trabalho de verdade, ainda mais quando se trata de um menininho bem espoleta e (graças a Deus!) cheio de energia.
Como ontem ele foi dormir tarde (já eram mais de onze da noite) imaginei que hoje ele iria acordar tarde, mais tarde do que geralmente acorda, ali por nove da manhã. Porém, oito e meia já estávamos os dois acordados e não tão prontos assim para começar o dia. Digo isso porque nem ele e nem eu ficamos cem por cento se acordamos antes das nove. Um problema genético.
Levantamos então meio contrariados e já na troca de roupa vi que teria muita reclamação de manhã.
Afirmo com convicção que não é fácil trocar de roupa em criança nesse inverno polar que desceu por aqui! Tira pijama, põe ceroula, calça, blusa, outra blusa, blusa de lã, jaqueta, tênis e "chapéu". É assim que ele chama o gorro, e eu não sou louca de discordar, correndo o risco de ele não querer usar.
Assim, fomos até o MacDonald´s tomar o café da manhã, que correu bem até ele invocar com um outro guri que também queria brincar naquele brinquedão das crianças. O menino de quatro anos falou pro Matheus: "Não precisa ter medo". Depois me deu um olhar tranquilizador e disse que ele também tinha medo das crianças "mais velhas". Fiquei pasma, óbvio.
Na hora do almoço ele recusou tudo, de sopa de feijão a nhoque. Acabou comendo três pãezinhos com requeijão e um pouco de abacate. E cada vez que eu falava: "Matheus, não quero mais ouvir reclamação hoje!" ele me olhava brabinho de baixo pra cima com os braços cruzados. E até ficava sem reclamar por uns trinta minutos, no máximo.
Depois de muito lidar com seus DVDs, que são os únicos "brinquedos" que realmente interessam nessa fase avançada de quase dois anos e meio, era hora do piquenique que havia combinado com minha tia, meu primo-afilhado e sua namorada. O papai hoje tinha que trabalhar.
Duas e meia no parquinho do Barigui (parque, não shopping). Acho que ele precisava mesmo era de ar fresco e coca-cola pois depois de muito dos dois, o humor melhorou bem.
Passamos uma tarde super legal em família, ele brincou até cansar. Quando chegamos em casa meu amor já estava aqui, o que fez o pequeno se animar de novo...
Agora são dez e meia da noite e eu ainda escuto o papai cantar pro bebê dormir.
E esse foi apenas o nosso PRIMEIRO dia.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

"DAUGHTER"

O Matheus é uma criança que sempre me surpreende nos momentos mais inusitados. Esses dias na volta da escolinha, estávamos nós dois no carro escutando a rádio quando de repente começa a tocar "Daughter", do Pearl Jam.
Adoro essa música, como tudo do Pearl Jam e comecei a cantar alto pra ele que achou aquilo muito engraçado. Cada vez que eu cantava, talvez por ser em inglês, sei lá, ele se rachava de rir. E assim foi até o final da música. Então, foi ele que começou a falar "inha, inha!". Trata-se do ídolo maior dele, a Galinha Pintadinha. Ele queria que agora eu cantasse a música da Inha, que consiste basicamente em dizer có-có-có.
Eu tentei ignorar o pedido, uma vez que já escuto essa Inha umas cem vezes por dia em casa. Mas ele continuou, cada vez mais alto e animado. "Inha, Inhaaaaa!". Era como aquele povo que fica gritando "Toca Raul" em qualquer show que estejam.
Tudo bem, vai. Por filho a gente faz tudo mesmo....có-có-có-có-có-cóóóó....
Ele, feliz e animadíssimo com a música, cantou junto comigo todo o caminho de volta até chegarmos em casa. Subimos até o nosso apê e imediatamente ligamos o DVD da ave famosa. Cada coisa a seu tempo, um dia ele também vai curtir Pearl Jam comigo.