quinta-feira, 26 de agosto de 2010

MANUAL DE INSTRUÇÕES

Todo mundo diz que seria ótimo se um bebê já nascesse com um manual de instruções. Concordo plenamente com essa afirmação. Porém, o que realmente acontece me parece justamente ao contrário. São eles, os bebês, que já nascem sabendo várias “sapequices” antes mesmo de falar.
A birra é uma delas. Fase em que o Matheus está. Eis aqui um exemplo fresquinho.Chegamos ontem da escolinha e ele começou a reclamar, o que geralmente significa fome ou sede. Dei água e uma bolachinha, que guardo num potinho dos Backyardigans. Ele pegou a bolacha e comeu mais que a metade, aí me deu o potinho pra que eu abrisse e ele pegasse outra. Eu disse: “Não, não, primeiro termine essa que a mamãe deu”. Pra quê? Não gostando nada da situação em que se encontrava, ele foi pra perto do armário e jogou sorrateiramente a bolachinha lá embaixo. Veio de novo com o pote, feliz da vida. E lá fui eu, juntei a bolacha, “limpei” e disse que tinha que comer primeiro aquela. Aí sim, o piá ficou fulo, fulíssimo. Jogou longe o pote, brigou, chorou, fez de tudo. Minutos depois, levei o pequeno até o dito potinho, fiz ele dar “tchau tchau” pros biscoitos e coloquei em cima da mesa. Sei que a briga foi longe. Obviamente ele não comeu a bolacha e só sossegou quando o papai chegou.
Assim que meu marido entrou em casa lá foi o Sr. Matheus, com cara de coitado, pedindo colo. Até isso ele sabe, o papai ele “dobra” mais fácil.
Mas dizem que essa fase de testar os nossos limites logo passa. Só mais uns dezesseis anos e tudo volta à tranqüilidade novamente.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

MÃE É A MÃE!

Quando você passa a dar Feliz Dia dos Pais ao seu irmão, mais novo que você, é porque já tem uma certa experiência de vida. Não digo no sentido de maturidade, mas de idade mesmo. Aquela pessoa que você viu crescer, brincou, brigou, dedurou, conversou, implicou, agora vai ser pai?
A boa notícia é que meu irmão do meio e a esposa estão “grávidos”. A ótima notícia é que será um menino, com idade bem próxima à do Matheus. Assim ele terá um priminho pra brincar e brigar sempre que formos pra nossa cidade natal.
A minha cunhada está agora no sétimo mês de gravidez e diz que já se sente mais mãe que no começo. Aliás, no começo é muito estranho, pois você quase nem tem barriga, só aquela “barriga de chope”, como diria uma amiga sensata que eu tenho.
Lembro que no terceiro mês fomos fazer um exame, e na saída a secretária me disse: “Assine aqui, mãe”. Pensei comigo: “Mãe é a mãe!”. Ainda não sabia nem o sexo do bebê, era muita informação pra minha cabeça.
Mas com o passar do tempo (e dos enjôos), a sensação chega devagar e quando a gente se dá conta, lá estamos nós assinando o papel do plano de saúde do pediatra, onde embaixo diz “pai ou responsável”. Lembro que nesse momento, a ficha caiu como nunca. Isso que era responsabilidade. A doce e difícil responsabilidade de ser mãe de alguém alcança dimensões cósmicas. Você não liga dizendo que está doente e nesse dia não vai poder ser mãe.
Cada vez mais percebo o quanto tudo isso vale a pena. Cada vez menos me lembro de como era a vida antes do Matheus.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

QUE TIPO DE PAI É O SEU MARIDO?

Com o passar do tempo a gente começa a notar os tipos de pais que existem por aí. Pelo que eu pude observar nesse ano e meio de maternidade, concluo que eles se dividem basicamente em três tipos.
• Atenção, só leia a seguir se você estiver preparada e não temer a verdade nua e crua!
O primeiro tipo, e mais comum, é aquele do pai que “faz tudo, menos...”. Bom, se faz tudo menos alguma coisa é porque tudo já não faz. Por exemplo:”Ah, eu faço tudo, só não troco fralda ou não consigo acordar à noite ou não troco a roupinha, isso é coisa de mãe”. Brincalhão, ele quer saber é de fazer farra com o filho, e deixar que a mãe seja “a chata”.A responsabilidade na hora H não é muito com ele. De qualquer modo, nesse caso ainda existe uma esperança que um dia esse pai, numa hora de necessidade, acabe fazendo de tudo mesmo. Ainda mais se a mãe da criança insistir um pouquinho.
O tipo dois é aquele que quer ter muitos, muitos filhos, pois o trabalho dele é zero. Afinal, esse é o pai que trabalha e traz dinheiro pra casa, o que mais ele pode fazer? E também, a esposa não “faz mais nada” além de cuidar do filho que é obrigação dela. Além de tudo isso, não abre mão da cervejinha semanal com os amigos nem quando o filho é recém nascido. O diálogo com esse pai é quase inexistente, pois filho tem só que obedecer.
Aqui se encaixa um subtipo, o pai “sem-jeito”. Ele diz: “Ah, eu não tenho jeito pra lidar com criança, sou muito desajeitado”. Espertinho, não?
O terceiro e mais raro tipo é o pai completo. Aquele que é uma mãe mesmo. Sabe da importância de educar e do contato físico com o filho. Sabe fazer de tudo, só não dá o peito porque não pode. Quer estar presente desde a festa junina até o consultório médico. A conversa é sempre prioridade e estar em casa não é uma obrigação, mas um prazer. Essa é uma espécie que não se vê muito por aí, mas que tem crescido com o passar do tempo, uma vez que os pais têm vindo de famílias com mais igualdade entre homens e mulheres . Se o seu marido é assim, guarde segredo. Nem sempre raridades são fáceis de se encontrar.