terça-feira, 22 de novembro de 2011

CASA NOVA

Mudança é sempre uma coisa que deixa as pessoas um pouco assustadas. Quase ninguém gosta de mudanças, ainda mais quando se trata de algo que se está habituado e de que se gosta.
Meu marido é uma dessas pessoas. Para ele, a mudança indica sair do que ele se sente confortável e tranquilo. Para mim também não é fácil, principalmente quando se trata de mudança de planos. Então, para o Matheus as coisas não poderiam ser muito diferentes.
Para ele, tanto uma mudança de lugar quanto conhecer pessoas diferentes é um grande desafio. Ele reluta em sair do micro mundinho dele.
Depois de nove anos morando no nosso lindo e não muito grande apartamento, resolvemos que era hora de construir uma casa. Eu, quando pequena, sempre morei em casa e sei como é bom ter um jardim para passar a infância. O problema é que para isso tivemos que nos mudar pra um apartamento alugado e aqui vamos ficar até o final dessa empreitada que acontecerá daqui a uns dois anos.
Sim, existiu uma preparação. Viemos com o Matt no novo apê algumas vezes, explicamos tudo para ele que pareceu gostar da ideia. Dizia "casa nova" todo animadinho.
Mas ele é um romântico e gosta da ideia das coisas, não da coisa na prática.
Depois de três dias de caixas, móveis e roupas que nem sei por que guardamos finalmente nos mudamos. O humor dele já não estava dos melhores e no final do fim de semana ele falou: "pra casa!" e foi até a porta. Pronto, bem legal essa casa nova, agora quero voltar pra tudo que eu já conheci até hoje, meu quarto, minha banheira (que aqui não tem), meus brinquedos do jeito que eu deixei.
Quando viu que era assunto resolvido, caiu no choro. "Não casa nova" foi só o que ouvi pelos próximos três dias. Ele acordava, olhava em volta, vinha até a sala e...choro!
Se não foi fácil para nós deixarmos aquela casa que cuidamos com tanto carinho e onde passamos por tantas coisas, imagine para ele.
Como sempre, muita conversa, paciência e a ajuda da escolinha para fazer a cabeça do meu bebê.
Fotos tiramos muitas de lá. O engraçado é que apesar de tanto sofrimento, ele mal vai se lembrar da primeira casa. Porém, ela vai sempre fazer parte da vida que ele ainda tem pela frente.

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