quarta-feira, 21 de março de 2012

OS "BOCA MALDITA"

"Mas como o Matt anda bonzinho, né, amor?" Pronto, basta um comentário desse tipo que no dia seguinte o pequeno acorda azedo.
Esse fenômeno acontece bastante aqui em casa. Só de falar uma coisa, ela acontece. Esses dias resolvemos levar o Matheus ao pediatra, pois já fazia um bom tempo desde a última vez que o pesamos, medimos, escutamos, etc.
Juro que pensei comigo: "Tomara que não fique resfriado no dia seguinte". Eis que ele acorda no sábado com o nariz escorrendo e meio abatidinho. Pelo menos não chegou a passar disso, uns três ou quatro dias de resfriado.
Será que isso acontece com todos os pais?
Ou será que os filhos captam de alguma maneira tudo que sentimos e sem querer transferimos para eles?
De qualquer maneira, hoje foi um dos dias mais surpreendentes dos últimos tempos. Meus pais vieram nos visitar e numa conversa com a minha mãe, falei que achava que daqui a um ano o Matt estaria pronto para viajar com eles para Ponta Grossa de novo. Disse isso porque a última tentativa foi um pouco frustada, uma vez que ele ficou lá todo choroso.
A surpresa veio na hora de nos despedirmos. Ele me olhou e falou que ia junto com os avós para Ponta Grossa. Eu, claro, não acreditei. Mas ele insistiu, foi comigo arrumar a mala e entendeu que os pais não iam junto. Disse "tchaaaauu!" todo feliz e nos deixou aqui olhando um para a cara do outro, perplexos.
O que mais fazer numa hora dessas senão deixar (mesmo que ressabiada) e depois correr trocar de roupa para jantar sem a menor pressa em um restaurante maravilhoso?
Isso aconteceu há umas cinco horas atrás e é bem provável que amanhã tenhamos que ir até lá buscá-lo. Se bem que isso não importa. A iniciativa do meu bebê de viajar sozinho me deixou confusa mas ao mesmo tempo orgulhosa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário