terça-feira, 22 de junho de 2010

A TERCEIRA PALAVRA

Imagino eu que em noventa e nove por cento dos casos, a primeira palavra que um bebê diz é “mã-mã” ou “pa-pa”. Lá em casa, para minha total surpresa foi “pa-pa”, pronunciada pelo Matheus quando ele tinha apenas onze meses. Ele olhou bem para o pai e falou, não resta nenhuma dúvida.
Claro, essa é uma palavra que, além de mais fácil de falar, tem duplo sentido. Pode ser “papai” ou “papá” mesmo, de comida. Pelo menos foi esse o jeito que resolvi me auto enganar, e não passar o dia em um quarto escuro me perguntando “POR QUÊ?”.
O “mã-mã” veio quase dois meses depois, finalmente. Nunca me senti tão mãe quanto naquele dia. Era eu mesma, “mã-mã” do Matheus! De lá pra cá, muitas foram as variações dessa palavra: mã-mãe, mã-mi, mã-mã-mi. Tudo bem, o “mã-mã” veio depois, mas ele não parou mais de falar.
O que me surpreendeu mesmo foi a terceira palavra. Com certeza a mais inusitada de todas. Acho que nenhum pai ou mãe imagina que essa será a próxima palavra do seu filho.
Estávamos eu, meu bebê e minha mãe na cozinha da casa dela.Os avós moram em outra cidade e o netinho adora passar os fins de semana lá. Acordamos um sábado de manhã e a vovó disse: “Oba! Vamos tomar café da manhã?”. Não é que se escuta o pequeno dizer: “oba-oba-oba-oba-oba-oba-oba!!!” Nos olhamos e rimos muito da felicidade do Matheus à espera do café, a ponto de dizer “oba”.
Talvez esse seja um dos melhores aspectos da maternidade. Se você gosta de surpresas, esteja preparada para muitas.

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